segunda-feira, 18 de março de 2013

Fidelidade literária...


Perdi sem ao menos tentar.
Acho que desde o inicio sabia que eu não tinha chance.
Agora me explica então porque insisto tanto em escrever pra você?
Como se você fosse ler?
Como se os seus lábios pudessem balbuciar tais palavras.
Quero deixar claro que só escrevo pra você.
Cada verso, palavra, frase ou estrofe
Demonstra toda minha fidelidade literária.
Não sei se por fatalidade, talento ou falta de opção.
Ou se o meu dom anda entrelaçado nesses tais olhos de ressaca.
Olhos estes que ando cantando por ai.
Tenho noticias que tu ouviste.
Nada tem resposta.
Mas consigo ver beleza, uma beleza confusa.
Você é como fogo.
Que só machuca se aproximarmos demais.
O que não impede de achar bonito a sua chama.
A forma como me envolve.
Hoje me aproximei , me queimei, e está doendo.
Outrora a vida que me machucou,
Em um tempo difícil, quando meu oficio me negou.
Você foi minha cura.
Estancou meu sangue.
Me fez sorrir sem perceber,
Até hoje posso ouvir suas palavras,
Tais palavras que me fez sorrir em meio ao caos.
Me encontrei com Deus.
A contradição existente entre às vezes você me curar,
Outras vezes me machucar.
Mais vezes a primeira do que a segunda.
Um verdadeiro tango argentino.
Quisera fosse um Blues ou Jazz
Afim de te agradar.

domingo, 17 de março de 2013

Sempre no mesmo lugar...



Engraçado como os olhos tem ligação direta com o coração.
Há fatos que sabemos de cor, temos total consciência,
Mas depois de vistas machucam como se não soubéssemos de nada.
O olhar é o punhal cravado, que só dói depois de vermos o sangue jorrando.
Antes de visto, não há dor, não há magoa,
Apenas a sensação que ali existe algo diferente, porém insignificante.
Que tolice a nossa.
Na hora que vi novamente, antes fosse a primeira vez.
A foto da união de duas vidas, senti a mesma dor de outrora.
Engraçado também como não nos acostumamos com certos sentimentos.
Neste exato momento tocava Adriana Calcanhotto.
Falava de supostas ”mentiras”.
Também quis escrever nos seus muros.
Roubar no seu jogo.
Porque nada, nada ficou no lugar.
Mas nada adianta,
Essa conclusão que sempre permanece,
Nada fará você voltar, você não vai voltar.
Queria falar a sua língua.
Pois a foto permanecerá sempre no mesmo lugar.