Cheguei, abri a porta.
Te coloquei contra parece e bradei:
Me ame ou me
odeie.
Mas não me ignore.
Odeio meios termos.
Essa coisa morna de não saber em qual dos extremos eu me
adéquo mais.
E não espere que eu sente no meio fio a espera de suas
respostas.
Porque volto a repetir, não gosto de meio termo.
Ou fico no meio da rua, eu permaneço na calçada.
Mande - me para o céu ou para o inferno.
Não me mande para o purgatório achando que minha loucura
tem conserto,
Pois lhe adianto que não tem.
Ou sou insana ou santa.
Um mix das duas coisas é improvável.
Até mesmo porque eu não te amei pela metade.
Te amei com toda capacidade que meu coração dispunha.
O oposto disso seria te odiar.
E isso também é totalmente improvável.
Por tanto meu bem, continuarei te amando.
Só me diga o que você pode me oferecer.
O que devo esperar de você.
Porque essa excentricidade de morde e assopra já ficou um
tanto quanto previsível.