domingo, 14 de julho de 2013

Fuga...


Não se preocupe,
Você sempre será meu lindo segredo.
Talvez deixe escapar algo.
Mas lhe protegerei usando a terceira pessoa.
Ninguém ira desconfiar.
Fiz pacto de silêncio com os meus velhos amigos.
Nem em pensamento, nenhum suspiro.
Não irei balbuciar seu nome.
Não irei pegar teu retrato de madrugada,
Tentativas inúmeras de não esquecer seu rosto.
Não andarei na sua calçada, com medo de me perder ainda mais.
Não vou passar na sua porta, por medo de não resistir e olhar,
Bater, e sair em disparada logo em seguida.
O que há de se fazer?
Sebastian Bach me induz a fuga.
Sem forças para contrariar, eu fujo.
Fujo de você.
Mas pra isso teria que fugir de mim.
E acho tão covarde isso.
E todas as minhas válvulas de escape me remete a você.
Se canto, choro.
Se escrevo, o barulho do lápis deslizando no papel conta segredos que prometi nunca contar.
Dão sons a palavras que nunca pronunciei.
E como fugir, quando o que mais quer é ficar?
Olho para o lado, não te vejo, e logo em seguida me pergunto:
Ficar pra que?
Mas fugir também pra onde?
Minha fuga não tem destino.
E não há perspectivas na minha permanência.