sábado, 28 de janeiro de 2012

Dog People and Cat People...

Carlos Lyra divide as as pessoas em dois grupos:
"Dog people and Cat People"
Frase que me tirou das noites de insonia,
Pois era a justificava que eu usava para  cessar a dor
Do seu incrível jogo de morde e assopra.
Das suas idas e vindas na minha vida.
Porque eu,Dog people que sou,
Te amei com a fidelidade de um cão adestrado.
Você,Cat people que é,veio armada com suas 7vidas,
Rodeada de mistério,independência,
Sedução,liberdade,as vezes carinho,
Ar imprevisivel,presença constante,outras vezes ausência cortante.
Justificativa para sua personalidade um tanto quanto desapegada.
O que há de se fazer,somos como cão e gato.
Eu,munida com meu companheirismo,
Ar passional,fidelidade,me apaixonei pelas suas sete vidas.
Abri as portas da minha casa,
Servi meu versos,meus sorrisos,
Ofereci abrigo.
Você entrou,se apossou do que lhe ofereci,
E fez de mim seu novelo,me envolvendo na sua teia.
Me colocando no seu jogo de morde e assopra,
Sem ao menos me explicar as regras.
Você, com sua desenvoltura em determinar quem ganha e quem perde,
Quem avança e quem retrocede,quem cede e quem pede,
Não permitiu que eu entendesse o porque das suas idas e vindas.
E eu,com meu faro eficaz,saia sempre em disparada,atrás dos teus rastros,
Vivia a procura dos teus passos.
Não me importando com a dor do abandono,
Festejando cada vez que te encontrava,afinal,era adestrada,
Duramente treinada pra te amar.
Mas como cão e gato,vamos levando nossos dias.
Sorrindo nas chegadas,chorando nas partidas.
Te procurando quando a madrugada engole suas sete vidas,
Sem direito ao menos de despedida.
Levando as suas sete vidas... e a minha...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Seta no Alvo...


A seta está prestes a acertar o alvo.
Eis o momento mais esperado.
Ensaiei meus gestos,
Meus olhares,
Minhas palavras,
Minhas bandeiras.
Meus segredos.
Você sorriu?
Acho que isso é um sim.
Então entre no meu deleite...
Seja bem vindo no “Meu Infinito Particular”
Desculpe o pronome de posse,
Esse infinito nem é “Meu” na verdade.
Denomino assim por puro apego sentimental.
Pertence aos meus destinatários.
Ao “eu lírio” que se esconde por de trás de tanto sujeito oculto.
Aos olhos que corre pelas minhas frases,
Aos cílios que roçam em minha pele consequentemente, já pude sentir.
Assista de camarote o ensaio das minhas palavras,
Que estão prestes a serem ditas.
Aqui está parte inteira de mim,
Tudo que as palavras ditas não ousam expressar,
O que o som não se atreve a propagar.
Um pouco de mim pra você,
O pouco de você que se encontra em mim.
Nos meus versos, fiz pra você um abrigo,
Nunca habitado, tome posse do que é seu.
Essa é a hora, entra e me devora.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Um dia pra só me dizer SIM...

Tenho alguns pensamentos surreais.
E às vezes me dou o deleite de embarcar nos meus devaneios...
Porque a vida sempre me coube meio apertada,
E eu ia preenchendo os poucos espaços
Com sonhos impossíveis, encontros improváveis.
Medos e pequenas imperfeições.
E as qualidades?
As carregava no bolso.
Uma desculpa para que me acompanhasse em todos os lugares.
Mas que era notada apenas se fizesse uma revista minuciosa.
E pensei como seria se um dia a vida folgasse as amarras,
E abaixasse as mãos de ferro de quem aperfeiçoa um aprendiz?
E tirasse um dia pra só me dizer SIM.
Eu tiraria as virtudes do bolso.
Esquecia do tempo.
Dos sonhos impossíveis.
Dos encontros improváveis,
Dos medos e das imperfeições
Dançaria na chuva.
Falava com você sem a preocupação
De pensar, repensar e trepensar em cada silaba ensaiada,
Mas não dita.
Esquecia dos ensaios, adotava a arte do improviso.
Me equilibrava a beira do abismo.
E gritava mil poemas para o nada.
Perdia o medo do desequilíbrio.
Gritava de madrugada a todo o pulmão.
Não economizava riso, verso e rima.
Esperava o amor na janela,
E se caso ele não viesse?
Ia ver o pôr do sol,
Ia cantar uma canção pra você ninar.
Fazer versos para te encantar.
Brincava com meu trovadorismo aflorado.
Espalhava pela cidade palavras de gentileza.
Sorria para desconhecidos.
Conversava sozinha na multidão.
Te mostrava que depois daquele monte tem uma visão incrível da cidade,
E inventava o meu lugar.
Não me importava com a pequenez dos meus dias,
Com as perguntas sem respostas,
Com o meu silencio fora de hora.
Assoviava cartola na praça.
Abria os braços para o vento,
Fechava os olhos, pois assim você sente que pode até voar.
Tirava a vida pra dançar.
Aplaudia meus ídolos,
Desde Milton aos artistas de rua que troca a arte pelo pão.
Aplaudia até sentir a dormência das minhas mãos.
Sorria,cantava,amava de graça.
E assumia,pois aquilo que mais temia,disse sim pra mim...
Mesmo que seja só por um dia.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

MInha coleção repleta de VOCÊ...


Confesso que colecionava você todos os dias.
Colecionava suas fotos,
Seus gostos,
Seus sorrisos,
Suas informações,
Suas palavras,
Sua atenção.
Seus conselhos.
Colecionava você até a exaustão.
Mas isso não é uma declaração.
Porque colecionei tanto o seu amor,
Que ele se tornou figurinha repetida,
Sequei a fonte, a serie limitada do seu amor esgotou.
Guardo a relíquia do que ficou,
Mas não grito mais aos quatro ventos.
Isso é um pedido de desculpas.
Prova da minha redenção.
Porque te consumi por tantos anos,
Sem trégua.
Sem descanso.
Sem limite.
Te colecionei,e não satisfeita, ainda te expus na estante.
Você era unânime nos meus dias,
Nas minhas horas,
Na minha boca, era o assunto predileto.
Virou meu vicio.
Procurei alguma irmandade de me acolhesse,
E me curasse de você.
Procurei tratamento, medicamento,
Me disponibilizei a estudo.
Passei por todos psicólogos,
Psiquiatras, cartomante e cardiologistas que há nessa cidade,
E nada adiantou.
Meu caso era raro, era único.
Te colecionava fora e dentro de mim.
Não sei se devo pedir desculpas a você ou a mim.
Mas me desculpa por gastar tanto seu nome,
Todas as vezes que te chamava ao cair da tarde.
Me desculpa por maltratar teus ouvidos,
Exigindo que me ouvisse nas vezes que sussurrava dizendo que te amava.
Desculpa por gastar tua imagem, quando te observava até cansar a retina.
Desculpa pelo tédio que te causava, quando ao seu lado eu não dizia nada.
Porque um dos efeitos colaterais que você provocava, era o desaparecimento das palavras.
Desculpa pelos meus clichês baratos,
Pelas minhas rimas fáceis,
Pelos meus acordes previsíveis.
Desculpa por misturar nossos rastros,
Quando na procura dos teus passos eu me guiava
Desculpa por não ter tido iniciativa,
Por querer quem não devia.
Desculpa por tantas entrelinhas.
Desculpa pelo meu acervo repleto de informações suas.
Me desculpa pelo vicio,mas obrigada pela cura.

domingo, 1 de janeiro de 2012

2012 zele o sono de 2011...


2011 foi o meu ano.
Ano 11.
Meu número da sorte.
Cabalístico não é mesmo?
Tenho algumas superstições das quais não abro mão.
Não me pergunte por que gosto tanto desse número.
Talvez seja porque a numerologia do meu nome dê 11.
Por que tudo de importante que aconteceu na minha vida,
Quando vou somar os dias, mais, o mês, mais, o ano,
Sempre dá 11.
A soma do meu aniversário dá 11.
Não sei se o 11 me persegue,
Ou eu que o procuro por todos os lados.
Ele é até bonito de se vê,
Conjunto de dois números iguais, voltados para uma mesma direção.
Igualdade e união. Perfeito!
Com 2011 não poderia ser diferente,
Foi um ano extremamente especial.
Aconteceram tantas coisas boas.
A vida não sorriu pra mim.
Nesse ano que se passou, ela deu “gargalhada” comigo.
Aprendi tanto.
Amadureci tanto.
Mudei de tal maneira,
Que quando olho pra trás até me desconheço.
Resolvi abri as portas e as janelas e deixar o sol entrar.
Ganhei mais vida,
Fiquei mais leve.
Conheci tantas pessoas especiais.
Desapaixonei-ME,
E encontrei com o amor logo em seguida,
E vi nos olhos do amor, indícios de uma possível amizade.
Confuso?
Sim, nesse ano de 2011 também aprendi que a vida é uma louca e adorável confusão.
Que nem quero entender.
E joguei tudo pro ar.
Dei mais valor à vida,
Aprendi a me arriscar.
E adotei uma filosofia:
O que desejo se não faz mal a mim,
Aos meus princípios e ao próximo,
Vou fundo, até as ultimas conseqüências,
Tento e sou persistente,
Porque a vida é curta demais para sonhos possíveis serem desperdiçados.
Levei sim, levei não, ri e abracei essas duas faces da moeda.
Dei a cara, esperei o tapa, e ganhei um beijo,percebi que estava no caminho certo.
Mudei de emprego, estou com o coração mais leve,
A música finalmente corre mais viva em minhas veias.
Reencontrei com pessoas especiais que tenho certeza que a vida me preparou arduamente
Para esse encontro, pois hoje posso oferecer o meu melhor de forma mais madura,
Mais certa do que eu quero, mas serena.
Pronta pra receber o que tiver pra me oferecer,
E dispor do melhor que eu tenho, com sorriso aberto e olhar atento.
Fortaleci alianças já existentes
E tenho me encontrado com Deus constantemente.
Então, me despedir desse ano,
É como se despedir de alguém muito querido.
Mas as lembras de tudo que foi vivido,
Ainda fica vivo e pulsando dentro de mim.
Meia noite mentalizei e agradeci por tudo isso.
Que 2012 seja a continuidade das coisas boas que se iniciaram no ano que se foi.
Que 2012 sempre haja fé, paz, amor de todas as formas, saúde.
E que os corações dos homens seja tomado por Deus,
Buda, Maomé, Jeová...
Ou como queira chamar essa força maior e indestrutível que nos move,
E transforma nossa vida,
Que assim possamos olhar o outro e encontrar um pouco de nós.
Olhar o outro com os olhos de quem encara o espelho.
Como diz Caio Fernando:
Que 2012 seja doce, repito sete vezes pra dar sorte...
Que seja doce, que seja doce, que seja doce, e assim por diante...
Pra mim e pra você.