quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Perdida em mim, em você em nós...




Com licença.
Faz tanto tempo que não apareço.
Que fico sem jeito de entrar sem antes bater na porta.
Nos últimos dias andei me questionando se esse lugar realmente é meu?
É que tem tanto de você aqui.
Mas também há tanto de mim.
Estamos tão entrelaçados que me perco em mim,
Em você, em nós.
Perco-me aqui nesse infinito particular.
Mas com a consciência que só aqui eu posso me encontrar.
É que já é novembro, primavera, como de costume coloco lírios na janela.
Desafiando a me amar todos que passam por ela.
Presentes subtendidos, jamais entendidos ou entregues.
Queria poder embrulhar meu infinito particular com papel de seda,
E lhe entregar.
Mas é que estou tão perdida...
Perdida em mim, em nós.
Que me revelar só vai fazer eu me perder ainda mais.
O problema não é com você.
Também não é comigo.
Pra falar a verdade não sei nem a quem culpar.
Nem sei se há culpados.
Ando ainda mais calada.
Nem aqui ando vindo mais.
Tenho gastado meu tempo tentando corrigir minha postura.
Levantar meus ombros caídos.
Para aparentar uma falsa autoconfiança.
Cabeça erguida, coluna ereta.
Só com o meu olhar já venço uma guerra, tamanha minha convicção.
Olhando no espelho quase que acredito.
Mas se olhar bem profundamente verá.
A minha menina dos olhos encolhida, tremendo, bem no canto da retina.
Sabe de uma coisa?
Se o meu coração me ouvisse nada disso estaria acontecendo.
Essa confusão toda, esse sentimento todo.
Essa bagunça que não se finda.
E se eu me ouvisse?
Pra isso teria que falar.
Mas nem eu ando sabendo o que se passa comigo.
Por isso não me pergunte nada.
Não me peça nada, não exija nada.
Apenas me abrace como da ultima vez.
Porque sei que nos seus braços eu não me perco.
Porque eles me cabem tão bem.

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