domingo, 20 de janeiro de 2013

Conto de Luiza...


Oh amada Luiza,
Você, que destes nomes a tantas poesias minhas.
Mal sabes do sentimento que por tantos anos alimentei.
Mas não pense que o silêncio foi maior que o meu amor.
O amor foi tão grande que me calou.
Joguei-me ao mar.
Só essa imensidão tem mais mistérios do que eu.
Segredos tantos que nem ousei em lhe contar.
Estava pronto para revelar todos os meus segredos.
Contar sobre tudo quando fui até a sua casa,
 Todas as verdades seriam ditas, ali, naquele momento.
Mas percebi que você não estava pronta para ouvir.
Sai sem rumo, fui ao mar, as ondas batiam nas pedras.
Já era madrugada, tarde demais para tentar me deter.
Pelo chão só deixei as minhas pegadas.
Vou mergulhar, mas não sei se vou querer voltar,
Submerso nesse mar, tudo é tão calmo.
Já não tenho controle sobre mim, a onda que bate, leva.
O que permanece?
Somente as palavras que não disse,
Do amor que não vivi.

Carta encontrada dentro de uma garrafa que foi lançada ao mar,
Até hoje não se sabe se quem a escreveu realmente se jogou ao mar,
Ou essa foi apenas uma tentativa de calar o sentimento.
Não há registro de quem escreveu muito menos quem é Luiza.
Só se sabe do amor cuja toda verdade o mar levou.

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