segunda-feira, 28 de maio de 2012

1 Ano de Infinito Particular...

Um Ano de “Verso e silêncio”.
Um ano de “Notas de um observador”
Um ano olhando meus “abismos internos”
Com os meus “Olhos de aquarela”.
Um ano presenteando “Aos meus”
Com o melhor que há em mim.
Um ano de “Palavras ensaiadas, mas não ditas”.
Quem diria?
E mesmo se dissesse, dificilmente acreditaria.
Escrevo com a mesma necessidade de quem mergulha,
Submerge e retorna a superfície à procura de ar.
Escrevo pra respirar.
E assim comecei, há 365 dias atrás...
Na tentativa de me organizar,
Me transformar em verso.
Verbalizar minhas bagunças, meus dilúvios, meus amores,
Meus dias, meu silêncio.
E tudo foi tomando corpo,
Fui perdendo o controle,
Assim como alguém que ensina uma criança a andar de bicicleta.
No momento inicial, aquela dependência do equilíbrio.
Em seguida, depois da queda, a liberdade é adquirida,
O equilíbrio não depende mais das tuas mãos.
É velocidade, é liberdade, cabelo ao vento, sorriso largo,
Coluna ereta.
Perdi o controle e tudo tomou uma proporção,
Sequer imaginada, almejada, sonhada.
Meus versos que antes eram em silêncio,
Tem ganhado voz.
E minhas palavras ensaiadas, foram finalmente ditas!
Tenho que ter o registro dessa data tão especial,
O texto comemorativo de um ano,
Do dia que abri as portas do meu infinito, que até então era particular.
Aqui relatei muitas coisas, aqui vocês encontram parte inteira de mim,
E outra metade inteira inventada.
Minha versão em versos, meus segredos em prosa.
Assino como M.O.S, e se fizer a numerologia dá 11,
E se colocar no espelho M.O.S se transforma em S.O.M
Duas coisas distintas que se misturam, sou M.O.S e ao mesmo sou S.O.M
E de certa forma nunca deixei de ser silêncio. (eu e o meu culto a contradição)
Passando por cada crônica, lembro-me de cada momento,
Lugar perfeito para uma pessoa que tem grande apego sentimental ao passado.
Como se tivesse ganhado o poder de reter o que passou em forma de versos.
Aqui tive liberdade para discutir sobre tudo que nunca tive coragem de falar,
A covardia cala, o que a literatura liberta.
Talvez ainda sejam coisas que não tenho coragem de dizer,
Mas se me der um papel e uma caneta, quem sabe?
Conversei comigo mesma, respondi questionamentos e conflitos.
Não nego que aqui também é um pouco o meu divã.
Comecei tudo isso, não com a pretensão de ser compreendida,
Mas sim, de me compreender.
Não com a pretensão de ser lida,
Mas que eu pudesse escrever e consultar meus registros de dias vividos.
Mas eis que me contradigo.
Relatei coisas, e pessoas me compreenderam.
Pessoas começaram entrar no meu infinito,
E se compatibilizaram com os meus sentimentos.
Viram poesia nos meus ensaios de palavras.
E com o maior sorriso lhe digo:
A seta acertou o alvo!
Houve ausência de palavras, engraçado.
Sobre isso, aqui também foi relatado.
Experimentei a sensação de escrever em prantos,
Escrever nas entrelinhas,
De escrever e ler depois, e me entender bem mais.
E depois receber os comentários de pessoas que riram comigo,
Choraram comigo, sentiram comigo.
Meu infinito particular ganhou adeptos, não sou mais tão sozinha.
Sinto como se eu estive uma grande estrada em minha frente.
Há muito pra caminhar ainda.
Nesses 365 dias, andei ininterruptamente,
Mas que agora dei uma trégua pra ver esse pequeno percurso já caminhado,
Olhei pra trás, a estrada que antes era deserta, confusa,
Virou um campo de flores, e arvores frutíferas,
Comecei o percurso jogando as sementes sozinha,
Hoje ganhei anjos que me ajudam cultivar e jogar mais sementes para gerar bons frutos.
Fico feliz pelos passos dados até aqui,
A estrada está ficando bonita, e eu só tenho a agradecer.
Agradecer por essas páginas escritas,
E a todos os olhos que as percorreram.
Agradecer pelo tanto que cresci e amadureci,
Meu crescimento também está relatado aqui.
Agradecer por cada emoção resgatada em cada trecho,
Agradecer por cada arrepio, por cada arritmia cardíaca,
A cada lagrima rolada, a cada riso.
Que esse seja apenas um ano de muitos outros que virão.
Que sempre haja poesia, luz, sensibilidade e inspiração.
Que as palavras sejam sempre um vulcão em erupção.
E que todos sejam Bem Vindos ao Meu infinito não tão mais particular!

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