Minhas possibilidades de alegrias nem são tão inalcançáveis
assim.
Basta um sorriso, boa música, pessoas queridas em minha
volta.
Arte que afague a retina, e um amor antigo que me
desperte aquela saudade gostosa.
Sentir a liberdade batendo no rosto...
Vim pensando nisso, entrei no ônibus, abri a janela,
aumentei o som.
Fechei os olhos e senti o vento no rosto.
Parei para desfrutar dos prazeres pequenos que a vida nos
oferece.
Me desliguei do mundo.
Me desliguei, mas não o suficiente pra deixar de ouvir as
conversas em minha volta.
E ouvi a avó que se despedia do seu netinho:
_ Tchau meu amor,
obrigada por encher minha casa de alegria.
Achei tão bonito e rico esse gesto.
Que essência nobre que essa avó está passando para seu
neto.
Presenciei um poema urbano.
Quantas vezes somos preenchidos por alegria e sequer nos
damos conta.
O que dirá agradecer.
Eu mesma fui preenchia por uma alegria por ter
presenciado essa cena,
E não fui agradecer aquela senhora.
Isso me deu uma vontade de mudar, e agradecer por tanta
coisa.
Estou em um momento de apego sentimental pelo que é
simples.
Deve ser por ter percebido que o sofisticado, causa um
desgaste emocional desnecessário e ilusório.
Me deu uma vontade de te ligar e agradecer por toda
inspiração,
E pelo alvoroço de alegria que vem sendo derramada em
meus dias.
E finalmente falar sobre aquela velha vontade de caminhar
lado a lado naquela estrada ensolarada.
E pela vontade despertada de sempre está trabalhando para
ser um ser humano melhor.
Meu corpo exige cuidados, e estou aprendendo a escrever
no silêncio do meu quarto.
Tem tempos que não verbalizo sentimentos e quando isso
acontece meu corpo fala.
E ele não dá trégua.
Mas nada mais importa, porque amanhã o sol me espera.
E se não houver sol, um céu fechado me aguarda.
Adoro dias nublados, quando a saudade bate em minha porta
em tons de cinza.
E se tudo correr
bem a felicidade novamente derrama sobre mim.
E eu sussurro: OBRIGADA POR ENCHER MINHA CASA DE ALEGRIA.
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