sábado, 21 de julho de 2012

Je Veux...

Para ser lido ao som de Zaz - Je Veux ♫

Me ensina sentar na sala de espera,
E aguardar minha vez folheando uma revista com toda calmaria necessária?
Como um rio que corre para mar, devagar, calmo e leve.
Foi assim, como quem espera alguém amado no altar.
Eu te esperei, com o mesmo brilho no olhar.
Com o mesmo calor gélido, tremor nas mãos.
Como uma mãe que aguarda a chegada de um filho,
Eu te esperei, com todo amor, e ansiedade.
Como quem espera alguém que retornará da guerra.
Eu te esperei com a mesma aflição e angustia.
Como uma criança que na noite de natal,
Luta contra o sono para a chegada do papai Noel.
Eu te esperei com a mesma disposição, expectativa e fantasia.
Você havia prometido me ligar.
E eu esperei... Como sempre.
Como tudo que se refere a você.
Je Veux  era o meu mantra.
Mentalizava, sussurrava.
E eu queria tanto, precisava tanto ouvir a sua voz naquele dia.
Quatro dias depois iria ser um dia muito importante pra mim,
E eu queria te contar.
Queria te contar que nas entrelinhas eu cantei pra você.
Cantei os versos dedicados e a sua falta.
Só faltava você.
E eu esperei por você um dia inteiro,
E a expectativa do dia seguinte também.
Celular em uma mão e coração na outra.
E você não ligou.
E não precisa se justificar.
Eu mesma me carreguei disso, quando atendia cada ligação que não era você.
Eu já me consolava com uma possibilidade de um fato que ocasionou o seu silêncio.
É... bem vindo a minha realidade.
De esperas e mais esperas.
E foi assim, acredito que foi como alguém que espera a pessoa amada,
Para ser a abandonada no altar.
Como a mãe que aguarda a chegada de um filho,
E depois constata o alarme falso.
Como quem espera alguém que retornará da guerra,
E descobre que esse alguém não voltará.
Como a criança que aguarda a chegada do papei Noel,
E acaba sendo vencida pelo sono sem ver o bom velhinho.
Todos tomados pela falta daquilo que tanto esperava.
A recompensa da espera que não veio.
A frustração de não ter aquilo que se quer é que dói na garganta.
Coração em uma mão e a dor na outra.
A dor coloca no bolso, coração no peito.
E espera, o tempo cala o que estiver doendo.

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