Para ser lido ao som de Zaz - Je Veux ♫
Me ensina sentar na sala de espera,
E aguardar minha vez folheando uma revista com toda
calmaria necessária?
Como um rio que corre para mar, devagar, calmo e leve.
Foi assim, como quem espera alguém amado no altar.
Eu te esperei, com o mesmo brilho no olhar.
Com o mesmo calor gélido, tremor nas mãos.
Como uma mãe que aguarda a chegada de um filho,
Eu te esperei, com todo amor, e ansiedade.
Como quem espera alguém que retornará da guerra.
Eu te esperei com a mesma aflição e angustia.
Como uma criança que na noite de natal,
Luta contra o sono para a chegada do papai Noel.
Eu te esperei com a mesma disposição, expectativa e
fantasia.
Você havia prometido me ligar.
E eu esperei... Como sempre.
Como tudo que se refere a você.
Je Veux era o meu mantra.
Mentalizava, sussurrava.
E eu queria tanto, precisava tanto ouvir a sua voz
naquele dia.
Quatro dias depois iria ser um dia muito importante pra
mim,
E eu queria te contar.
Queria te contar que nas entrelinhas eu cantei pra você.
Cantei os versos dedicados e a sua falta.
Só faltava você.
E eu esperei por você um dia inteiro,
E a expectativa do dia seguinte também.
Celular em uma mão e coração na outra.
E você não ligou.
E não precisa se justificar.
Eu mesma me carreguei disso, quando atendia cada ligação
que não era você.
Eu já me consolava com uma possibilidade de um fato que ocasionou
o seu silêncio.
É... bem vindo a minha realidade.
De esperas e mais esperas.
E foi assim, acredito que foi como alguém que espera a pessoa
amada,
Para ser a abandonada no
altar.
Como a mãe que aguarda a
chegada de um filho,
E depois constata o
alarme falso.
Como quem espera alguém que
retornará da guerra,
E descobre que esse alguém
não voltará.
Como a criança que
aguarda a chegada do papei Noel,
E acaba sendo vencida
pelo sono sem ver o bom velhinho.
Todos tomados pela falta
daquilo que tanto esperava.
A recompensa da espera
que não veio.
A frustração de não ter
aquilo que se quer é que dói na garganta.
Coração em uma mão e a
dor na outra.
A dor coloca no bolso,
coração no peito.
E espera, o tempo cala o
que estiver doendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário