sábado, 19 de novembro de 2011

Limitação Humana...



Você não sabe o quanto que é difícil ter uma alma inquieta,
Habitando um corpo que é inércia.
Você não sabe o conflito que dá.
Você não sabe nada de mim...
Mas não te culpo, isso não é uma limitação humana,
É que realmente não sou de mostrar quem eu sou,
Minhas qualidades e meus defeitos,
Guardo em um fundo falso junto ao peito,
Tudo misturado, bem no fundo da gaveta.
Somente alguns defeitos arredios que me escapa pelas frestas.
E eu lamento tanto por isso, lamento minha imperfeição,
Como se em algum momento alguém tivesse me dito que seria minha obrigação ser perfeita.
Quando me mostro,lamento, antes,durante e depois do fato pressentido.
Eu mesma me julgo,me puno e me redimo.
Quando criança me lembro de inventar personagens,
Vivia querendo fugir de mim,adotando outras identidades,
Aproveitava da minha criatividade exacerbada,
Conversava sozinha com amigos imaginários,
Minha mãe sempre muito amável, nunca me taxou como louca,
Sempre me compreendeu.
E até hoje tento fugir de mim,e ainda me pego falando sozinha,
E minha mãe continua me compreendendo.
Pois é,desde muito cedo percebi que era fácil fugir do mundo,
Era só esconder debaixo da cama.
Mas fugir da gente... Acho que é impossível,
Essa sim é a nossa limitação humana,a de não dar tréguas.
Você deve estar pensando na covardia que é fugir de si mesmo.
Eis que  mais um defeito escapa pelas frestas.
Nunca devemos nos retirar da luta,
Muito menos quando é em causa própria.
Mas em toda guerra há um campo de concentração,
Há uma trincheira onde nos protegemos,
Traçamos a tática, curamos as feridas,
Um lugar para se refugiar, se recompor.
E é isso que quero dizer com a minha vontade de fugir e mim,
É trocar as vestes, cicatrizar as feridas,
Pensar na tática de conciliar os meus extremos,
De conseguir pacificar minha alma inquieta com o meu corpo em inércia.
Porque de mim eu não desisto, é que às vezes me canso.

...Eu não sei na verdade quem eu sou,
Já tentei calcular o meu valor,
Mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou...
Por que a gente é desse jeito
Criando conceito pra tudo que restou?
(Eu não sei na verdade quem eu sou - O Teatro Magico)

Um comentário:

  1. Ja disse antes e repito, demais essa!
    Te amo M.O.S muito,
    Inte.
    Ka.

    EM SEUS VERSOS EU ME ENCONTRO!!!

    De tempos em tempos eu passo...
    Leio-te me apaixono...
    Perco-me nas horas do tempo...
    Mas em seus versos eu me encontro...

    Meu poeta é destro...
    E em seus versos me deixa viajar...
    E te lendo vou me reconhecendo...
    E sozinha sorrio lendo seus versos...

    Há poeta que em seus versos me despe...
    E aos poucos te busco nos versos incertos...
    Alguma resposta pra me recompor...

    Com a agulha do vento
    Remendo amores esfarrapados...
    Desejos infundidos...
    E uma saudade que desfia lentamente...
    Mas em teus versos eu me encontro...

    Madrugada vazia...
    Vencida pelo tempo rasgo...
    Os mapas de meu destino...
    E te desafio...
    Será que agora perdida estarei...
    Pois em teus versos eu ainda me encontro...

    ResponderExcluir