quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Meu Bem,já é Outubro...




Estou no meio de um dilema literário,
Há poucas horas é o seu aniversário e eu não sei se devo relatar sobre isso.
Porque poderia significar uma recaída,
Teria que aturar os cochichos da minha consciência e do meu bom senso
Recriminando minha fraqueza.
Mas não lembro de ter delegado ao seu nome segredo de estado.
Seria um ato de coragem deixar que falem.
E aos que realmente se preocupam,
Podem ficar sossegados, assim como meu coração,
Que está livre de um amor antigo,
Mas não me peçam para me desfazer dos velhos costumes,
De esquecer certas datas, deixar que passe em branco,
O que há anos foi como tatuagem cravada junto ao peito.
Passar por “outubros”
Com a calmaria de quem descansa em uma varanda numa cadeira de balanço,
Vendo a primavera passar, como se fosse uma estação qualquer.
Seria improvável, pois não tenho varanda, muito menos cadeira de balanço,
Meu corpo não dispõe de tanta calmaria, e a primavera nunca foi uma estação qualquer,
Confesso que sempre gostei mais do inverno, e em segundo lugar a primavera,
Deixo implícito no meu gosto o meu estado de espírito,
No inverno eu morro, pra na primavera florescer.
Assim como as flores.
E o que dizer nessa data, no relógio já marca mais de meia noite,
E uma vez ouvi dizer que quando as pessoas são muito importantes em nossas vidas,
Uma forma que comemorar o seu nascimento,
É não esperar o nascer do sol para desejar felicitações,
E sim esperar o relógio marcar meia noite,
Desejar parabéns nos primeiros segundos do seu dia.
Faço isso com os meus,
Pra você eu nunca liguei meia noite,
Mas isso não é sinal de pouca importância, muito pelo contrario,
Nunca liguei porque não tenho seu numero muito menos intimidade para tal,
Mas pode ter certeza que nesse horário... Nesse dia,
Eu sempre parei para mentalizar coisas boas,
Feito oração, como se os anjos lhe entregasse durante o sono meus desejos repletos de felicidade.
Fiz isso todos os anos, religiosamente.
E agora, posso até imaginar seus amigos, sua família, seu amor,
Esperando dar meia noite para dar os parabéns,
Afinal é você uma pessoa bastante querida, não só por mim,
Isso eu pude ver.
O que eu disser agora se tornaria clichê.
Qual são as palavras que nunca foram ditas em um discurso de aniversário?
Não sei dizer. O que eu lhe desejo, já mentalizei,não há mais o que falar,
Certamente quando seus olhos se fecharem para mais uma noite de descanso,
Um anjo deve lhe visitar entregando meus desejos,
E se a janela estiver aberta, meus bons ventos vão entrar em seu quarto,
Tocará em seu rosto como um beijo, sussurrando em seu ouvido tudo que lhe desejo,
Sem que você se lembre ao acordar.

(...)É primavera,as flores saíram pra te visitar,
E já que não estou ai peço ao vento que leve pelo ar,
Minhas rimas,meu amor e tudo que preciso for pra te fazer sorrir.
Em Outubro eu não choro,eu não peço colo,não quero saber,
Em Outubro todos os caminhos me encaminham pra você.
Meu bem,já é Outubro(...)

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