terça-feira, 11 de setembro de 2012

A Vida Segue...



E assim a vida segue.
A gente nasce, chora, cresce, traça expectativas para um futuro.
Quisera eu ter olhado o prefácio da minha história antes mesmo de nascer.
Tudo me parece tão familiar e estranho ao mesmo tempo.
Você desaparece e reaparece com a mesma facilidade que abre a minha porta e entra em minha casa sem permissão.
Quisera eu saber em que capítulo você entra na minha historia.
E a vida segue, ela não para.
Se pararmos de nadar a gente afunda.
Se pararmos de correr os medos nos alcança.
Se eu parar de te procurar você me esquece?
E vamos nos adequando em nossas realidades.
O brinquedo que tanto sonhei na infância foi substituído por um giz
Desenho meus sonhos nas calçadas, algumas pessoas pisam e nem olham.
O livro que tanto gosto, não teve o final que eu esperava.
As palavras ensaiadas não foram ditas, mas sim camufladas.
O amor que sonhei em passar ao lado foi substituído pela mesmice morna de um olhar correspondido.
E sobra espaço, o que fazer com o vazio jamais preenchido?
Moldado de forma exata que te caiba.
Tudo que eu amo se despede sem me dar um beijo na face.
Tudo que eu gosto é envelopado com o que a vida me impõe,
E eu só faço polir as arestas.
Porque a vida segue, ela não para.
E nado incansavelmente para que a onda que bate não me leve.
Demorei tanto a dar a primeira braçada.
Me joguei no mar sem saber nadar,
E a vida nem parou para me ensinar.
Escrevo cartas e coloco em garrafas.
Sem destinatário revelado.
Segredos escritos a giz na calçada que a chuva apagou.
Xifópagos de querer e poder.

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