Você chegou, e eu estava cantando justamente a música que
fiz pra você.
Deu aquele frio na espinha, como se em quatro minutos
tinha desvendado a você todos os meus segredos.
Você me olhava como se já soubesse de tudo.
Ao mesmo tempo sorria como se não soubesse de nada.
Pelo visto fui discreta o suficiente para não deixar
transparecer todo sentimento.
Se ao menos você fosse um pouco cabalístico com certeza
saberia.
Sorte a minha você não ser.
Certas verdades é bom serem vistas com olhar de
distanciamento,
Para evitar certos julgamentos.
Julgamentos precipitados esses.
Porque pra me entender você teria que me ouvir.
E tenho tanto a dizer.
Acho que em apenas uma vida não daria pra explicar.
E você não acredita em outras vidas além dessa.
E o que fazer com a transcendência de nossas diferenças?
Declaro-me pra você que por sua vez ri.
Mas fiquei feliz, escrevi versos que finalmente chegaram
até você.
Era esse o objetivo, porque reciprocidade não é algo que
me apetece.
Se bem que às vezes me pego pensando como seria minha
vida
Se você tivesse dito sim pra mim.
Penso em toda eloquência de como uma palavra,
E três letras podem mudar todo percurso de uma vida.
Todo rumo de uma historia.
Pensamento tão real que às vezes chego ter a sensação que
já tivemos uma historia.
Talvez sim, em outra vida.
Mas sua descrença me faz voltar para realidade.
Me faz escrever versos musicados pra você ouvir por
descuido depois.
E sorri.
E me fazer sorrir também.
Despertando o que há de mais sagrado em mim:
O sentimento.
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