segunda-feira, 2 de abril de 2012

Nosso Combinado...


Não era esse o combinado.
Como pode quebrar o nosso pacto?
Não era esse o nosso acordo.
Tudo bem que entre nós não há indícios de contrato.
Mas você deixou claramente subentendido
Que não tinha condições de me prometer nada.
Assim como eu não exigi nada de você.
Apesar de que dentro de mim habitava
Um desejo de caminhar lado a lado numa mesma estrada.
Ouviu bem?
Um desejo, não um pedido, por mais que eu quisesse,
Os lábios chegam sussurrar para amenizar a vontade,
Sussurros inaudíveis de pedidos “impediveis”         
Existe essa palavra?
Não sei, e nada importa agora.
O que é inventar palavras, se grande parte dos meus dias passei inventando amores?
Inventar palavras é mais saudável, sem duvida, doem apenas os ouvidos e a retina.
Que é facilmente curado com uma boa música, sugiro Edith Piaf,
E para acalmar a retina um quadro de Monet.
Te agrada?
Pergunto como se não conhecesse seu gosto.
Rio de mim mesma.
E agora, como curar o coração de amor inventado?
Sinto dizer, mas nem a genialidade de Edith Piaf e Monet seria capaz de amenizar tal feito.
Mas nada exclui o fato de você ter quebrado nosso pacto.
Aquele que acaba com o seu direito de sofrer, chorar, se preocupar...
E eu em troca ganho a garantia da sua felicidade plena.
Baseei minha tranqüilidade nisso.
E agora?
O que fazer a não ser oferecer meus ouvidos tão maltratados pelo meu português ruim?
Minha presença, minha atenção?
Mostrar o quanto me importo com você?
Pode até ajudar, confortar, mas pra mim isso é pouco.
Queria agir no epicentro do problema, dinamitar o que intriga.
Mas é que também prometi não a você,
Mas a mim, que independente de qualquer coisa,
Devo acima de tudo, oferecer o melhor que disponho,
E infelizmente esse pouco é tudo que tenho,
É tudo que posso oferecer.
Então deixe que eu me preocupe por você?
E vá dançar ao som de Edith Piaf em uma sala de paredes repletas com os quadros de Monet.

2 comentários:

  1. Mi, parabéns pelo seu blog e seus poemas. Você escreve maravilhosamente bem! Sem contar o bom gosto por fechar o poema com o nome do meu pintor preferido!

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    1. Obrigada flor!! vc também escreve muito bem, e não adianta esconder o ouro, pq esse eu já descobri...rsrs
      GRANDEEE MONET, gosto muito dele também.
      Bjão

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