domingo, 21 de agosto de 2011

Arte do desapego...


Olhar sua foto não é mais garantia de dia feliz,
Receber noticia suas não causam em mim os mesmos efeitos,
Aquela alegria desconcertante, inspiração duradoura, não há mais.
Será que aprendi a difícil arte do desapego?
Não sei.
Assim como foi simples te amar, está sendo te esquecer,
Já disse outras vezes que não foi preciso nada para despertar em mim este sentimento,
E o mesmo se repete, você não me decepcionou,
E nada daquelas coisas cruciais que delega ao ser passar pelo martírio do esquecimento.
Muito pelo contrario, sua definição para mim é descrita como um conjunto de inúmeras virtudes,
A verdade é que acordei em um belo dia e percebi que não temos nada haver.
Simples assim, mas a simplicidade nesses casos me assusta,
Ainda estou juntando os cacos deste abalo sísmico,
Há dias estou sem inspiração, há dias estou sem fazer o que me move,
Afinal você sempre foi o epicentro das minhas emoções,
E agora?Em que segurar?
Nem uma explicação para ter recobrado os sentidos tardiamente,
Eu tenho para usar como tabua de salvação.  
Confesso que ainda procuro noticias suas,
Porque acostumei ter você como alvo das minhas buscas,
Mas não é como antes, nada está como antes,
A única coisa que permaneceu
Foi esse sentimento de estranheza que só você é capaz de causar.
Pode ser coisa passageira, ou uma visão definitiva,
Quem sabe as coisas realmente se inverteram,
Aprendi acordar te amando menos do que amava ontem,
Não sei, não estou no momento de tirar conclusões,
E sim de tentar entender.
É... Acho que aquela historia dita anteriormente que
“Minhas declarações de amor são rangidas por uma sinfonia de silêncio,
Só para enaltecer ainda mais a contradição existente,
Entre um amor que de tão avassalador se cala
E morre no primeiro gole de uma bebida qualquer.”
Faz todo o sentido, acho que nas noites de insônia,
Quando te encontrava entre um gole e outro de café,
Acabei te perdendo, nosso amor acabou morrendo.
Não há amor,
Não há explicação,
Não há rima.
Não há musica que finalize esse verso,
O silencio neste caso diz mais.

Um comentário:

  1. Alguém poderia me dizer...
    Como esquecer ou que não se quer esquecer?
    Como apagar das lembranças momentos que não quer que se apague?
    Como sobreviver diante da ausência de alguém que você quer que permaneça?
    Como enfrentar o dia-a-dia não vendo, não ouvindo, não sentindo mais o que antes era hábito, comum, normal?
    Como arrancar de dentro d´lma a raiva de si próprio por não ter sido bom o bastante pra que perdurasse?
    Como colorir?
    À imagem?
    Pense...
    Note-me...
    Perceba-me
    Alguém?
    Aqui?
    Só por Hoje!

    K. L.

    P.S: Se não houver alguém que saiba ou queira me responder... Tenho me dito: “Vai Passar!” Sairei do emaranhado dos lápis escuros e pintarei novamente.

    Xero

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