domingo, 17 de julho de 2011

Falta de espaço...


Madrugada de inverno,
Inicio de domingo,
Foi quando eu descobri a razão de toda dor,
‘’FALTA DE ESPAÇO’’
Tudo em grande quantidade não cabe em um só ser,
É muito amor, muitos planos,
É tanta saudade, inúmeros enganos,
Muitas lembranças,
Declarações de amor não ditas,
Chegam querer escapar se não ficar atento,
Guardo tudo em dobro,
Porque também amei em dobro,
Na falta do seu amor, amei por dois,
Isso pode até soar poético, nobre, passional,
Mas na pratica, corta a carne, tira o sono,
Dói a alma, mata aos poucos,
É como querer reter a correnteza,
Prendendo - a entre os dedos,
Não adianta, uma hora escapa,
Mesmo estando presa nas mãos.
E nessa minha falta de espaço,
Por sobrecarga de sentimento,
Escapa amor pelos olhos,
Poros, boca, sorriso,
Formando um rio,
É onde brota toda dor,
Pois meu rio de sentimento não tem onde desaguar,
Onde você está não tem mar.
Pego a estrada em disparada,
Rumo ao que me move,
Vou encontrar você,
Quem sabe bater na sua porta de madrugada,
Recitar mil versos na sacada,
Apresentar-te meu canto, meus versos que nunca me pertenceram,
Todos são seus...
Minha respiração ofegante,
Meus arrepios constantes,
Lírios vou te oferecer,
Todos os tipos que existir ou que puder imaginar,
E como um cavalheiro em tempos remotos,
Com a arma em punho, bradar aos quatro ventos:
“Te Desafio a me amar”
Tens Coragem?
Fecho os olhos, a espera de um sim.
Mas o sim não veio...
Pois não sai em disparada ao seu encontro,
Não tive tempo de recitar mil versos,
De lhe mostrar meu canto,
Não bati na sua casa de madrugada,
Não tenho nem ao menos seu endereço,
Apenas fiquei perdendo o meu amor pelos cantos,
Por falta de espaço, em um inverno frio de um “quase” domingo,
Foi quando eu descobri que a minha dor é por excesso de você.

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