sábado, 23 de julho de 2011

Meu caro Cartola...


(...) Chora, disfarça e chora.
Aproveita a voz do lamento
Que já vem a aurora
A pessoa que tanto queria
Antes mesmo de raiar o dia
Deixou o ensaio por outra
Oh! Triste senhora (...)

É meu caro Cartola, em teus versos você previu minha triste sina,
E eu que achava que esse amor era algo secreto, meu grande segredo,
Me dei conta que não é de hoje que ele passeia pelos versos e bocas de grandes poetas.
Segui teu conselho, chorei e ninguém se deu conta do meu pranto,
Chorei por quem tanto amei na ausência,
Por quem eu quis antes mesmo de raiar o dia,
Chorei na aurora e no entardecer,
Há tempos que meu deserto virou mar.
E agora? Qual o próximo passo?
Se o desfecho dessa historia você previu,
Diga-me, em qual canção você relatou,
Em “Não quero mais” ou em “O sol Nascerá”?
Talvez em “Espero por Ti”?
Digas que meu futuro foi relatado em “Alvorada”,
Lá no morro onde ninguém chora, não há tristeza,
Ninguém sente dissabor...
Diga-me meu poeta de canto choroso,
Qual a cura para o desamor?
Enquanto a resposta vem ao meu encontro
Por meio de alguma de suas canções que certamente irei ouvir,
Faça – me um favor?
Quando estiver em alguma daquelas ondas medias e ondas curtas,
Dê voz a esse meu sentimento que sempre foi mudo,
Se meu amor estiver por perto cante a sua canção que diz:
Mesmo sem saber
Se viras um dia
Eu espero por ti
Confiante e só aqui
Eu espero por ti
Pra te dar o amor
Que existe em mim
E
encontrar a paz
Por fim (...)”.
Que eu baixinho, estarei aqui cantando contigo,
Sei que irá me ajudar,
Que assim como eu, tu também chorastes,
Sentiu a dor de ter um peito vazio,
De procurar alento nas rosas,
Fez promessas para conseguir um grande amor,
E que viveu em um mundo,
Que assim como o meu é um moinho,
Vai, leva o meu recado,
E volta pra povoar minha alma deserta
Com teu canto choroso e teu verso amigo.


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