sábado, 30 de julho de 2011

Nas Entrelinhas...

Estou trabalhando em alguns melhoramentos pessoais,
Cansei das entrelinhas,
Ninguém me conhece o suficiente para seguir minhas dicas
Matar minhas charadas.
Rumo ao escracho,
Direto ao ponto é a minha próxima parada.
Vou aos poucos, com calma como sempre,
Quem sabe no próximo texto eu cite seu nome,
Dou seu endereço,
E coloque sua foto,
E quem se incomodar,
Que bata em minha porta
E tente me calar,
Ultimamente estou assim,
Comprando qualquer briga,
Mesmo sem acreditar, sem grandes razões,
Simplesmente por brigar
Pra mostra que há em mim um SER HUMANO,
Não que eu tenha me tornado uma boçal.
Mas é que às vezes ter o dedo em haste,
Gritar, comprar uma briga, defender uma idéia,
É importante para quem sempre teve o silencio como aliado,
Usava as entrelinhas não por artifícios de linguagem,
Mas é que o que fica no ar sempre me dava o beneficio da duvida,
Se as coisas não saiam como esperava,
Usava o artifício de ter sido mal interpretada,
Mas agora decidi sair de baixo da saia da duvida,
Ser direta...
Dar a cara...
E esperar o tapa,
E doa quem doer, afinal, tudo tem seu preço.
E lendo Martha Medeiros, sua obra sobre coletâneas de cartas,
Levei um choque que me acordou para vida,
Na apresentação do livro diz:
O que precisa falar de uma vez por todas –
Mas desiste, espera até chegar o momento mais apropriado?
As pessoas que assinaram as cartas deste livro decidiram não esperar mais –
E resolveu colocar as cartas na mesa (...).
Me chamou a atenção a forma como essas pessoas eram diretas para expor seus conflitos,
E assim elas eram sinceras, não só com os destinatários das cartas,
Mas sim com seus sentimentos,
Pra que correr o risco de não ser compreendida?
Deixar o importante ser dito no amanhã,
Esquecemos que o futuro não está em nosso poder.
Às vezes prendemos o que sentimos sem perceber,
Pior tipo de seqüestro é esse,
Que auto furtamos nossa chance de sentir
E viver abertamente esse sentimento,
Isso é auto sabotagem, masoquismo,
Então arriscar indo direto ao ponto é a nossa melhor saída,
Pior das hipóteses é a queda...
E desde criança já sabemos que do chão não passamos,
E o chão é o que existe de mais firme.

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