sábado, 10 de setembro de 2011

Palavras Ensaiadas, mas não ditas I.


Cartas que não foram extraviadas,
Escritas, porem não enviadas,
Sentidas, porém não ditas,
Apenas ensaiadas.
De destinatário certo,
Mas de destino tão incerto,
 Que perderam o sentido,
Que hoje vagam ao vento,
A procura de um coração para seu alento.

Uns falam que é loucura,
Outros dizem que é romantismo demais,
Que estou confundindo sentimentos,
Que é fase, que o tempo leva,
E poucos acreditam que é verdadeiramente amor,
Já eu, faço um mix de tudo isso,
E denomino como:
“Lirismo Passional aflorado crônico”.
Mas isso a medicina não comprova,
E acredito que nunca comprovará,
Pois para isso teria que me disponibilizar a estudo,
E essa é uma das questões que guardo no meu silencio,
Ou guardava, até algumas linhas atrás, antes de você começar a ler esta carta.
Dentre das inúmeras formas de me dirigir a você,
Escolhi indo direto ao ponto,
Assim dói menos em mim,
Acaba logo com isso, e antecipa suas conclusões,
O fato é que ao te conhecer dei para contrariar o tempo,
Com a minha pouca idade, não conhecia o universo das palavras,
Quis tentar desvendar os traços do amor,
Acreditei fielmente que o tempo teria o analgésico necessário para cessar a dor,
Mas o tempo passou, e onde este sentimento nasceu, ficou,
Se apossou do meu coração.
Sim, passaram se anos, e o sentimento continua latente,
Loucura?
Pode ser, e se o caso for de internação,
O que esta esperando?
Interne-me, a prova da minha louca esta sendo percorrida pelos teus olhos nesse axato momento.
Mas na duvida de deixar transbordar esse sentimento, ou me calar,
Escolhi a primeira opção, as conseqüências são as mais variadas,
Mas saberei depois de tentar.
Me apaixonei no momento que os meus olhos cruzaram com os seus,
Se apossou de mim um sentimento de estranheza,
E de felicidade desconcertante cada vez que te via,
Comecei a manipular o acaso, estando sempre nos lugares onde você estava,
Sua presença, mesmo preenchida pelo silencio, me fazia bem, me completava,
Você despertou em mim meu verso, minha música, e muitas vezes meu silencio.
E sua ausência, resultava em um abismo.
Me calei,imaginei que o silencio  traria o conforto que o tempo não trouxe,
Mas como sempre, tudo foi contrariado, não obtive sucesso,
Essa está sendo minha ultima cartada, na tentativa de virar o jogo,
A tática?Colocar as cartas na mesa, ou em suas mãos.
Não exijo reciprocidade, sei muito bem da realidade que te rodeia,
Tenho os pés bem firmes ao chão,
Quero apenas me libertar, poder olhar pra trás e não fazer indagações baseadas em “se”.
Por um ponto final, dar a cara, esperar o tapa, o resto é conseqüência do preço que se paga.
De você não exijo nada,
Não exijo que me ligue,
Que me entenda,
Que não ache isso insanidade,
Como foi dito antes, não exijo nem reciprocidade,
Apenas peço, como diz na letra de Oswaldo Montenegro:
(...)Que a minha loucura seja perdoada,
Porque metade de mim é amor,
E a outra metade também.

2 comentários:

  1. ainnnnnn chorei...lindo..
    Quer saber...adoro vc!
    Adoro suas VERDADES ditas!!!!
    Se és louca eu não sei, só se que te adoro!!!

    Xero..

    Kah

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  2. Minhas verdades caladas aos poucos vou expondo,na medida que me mostro,um pouco insana,talvez poetica,só sei que pulsa,e como nada que é inercia uma hora escapa,talvez por lagrimas ou palavras,cada um se mostra como pode.
    obrigada Kah,tb te adoro!!!

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